'A família dele é a gente', diz tia de menino levado por suspeito de matar mãe e bebê em SC
Primeiro filho da vítima, de 1 ano e 10 meses, foi considerado desaparecido pelas autoridades após o crime. Criança está na casa dos avós paternos, em Minas Gerais, segundo a Polícia Civil.

A família da mulher de 23 anos assassinada com o bebê em Blumenau, no Vale do Itajaí, informou na quarta-feira (28) que está tentando trazer o filho mais velho da vítima, de 1 ano e 10 meses, de volta para Santa Catarina. Segundo a irmã da jovem, Amanda Ballock, o Conselho Tutelar foi acionado.
A criança, que foi considerada desaparecida pelas autoridades após o crime, foi levada para a casa dos avós paternos, em Minas Gerais, segundo a Polícia Civil. "Ele tem que ficar com a gente. Ele teve contato com a família desse monstro apenas três vezes. A família dele é a gente", comentou.
Conforme a Polícia Civil, o marido da vítima, Kelber Pereira, 28 anos, é o principal suspeito do crime. Ele escapou após o duplo assassinato, levando o filho mais velho do casal. Ele foi preso em São Paulo na terça-feira (26).
O homem, no entanto, será transferido para Santa Catarina assim que a Justiça autorizar a solicitação da Polícia Civil, o que deve acontecer até esta quinta-feira (28).
Histórico
Na quarta-feira, a Polícia Civil informou que Kelber é investigado pela morte e ocultação de cadáver de outra mulher em Santa Catarina.
Segundo a investigação, uma mulher foi encontrada morta em uma área de mata em Gaspar, no Vale do Itajaí, em 23 de abril deste ano. O homem é o suspeito de ter cometido o crime após ter mantido relações sexuais com a vítima, que é garota de programa, segundo a Polícia Civil.
A polícia também informou que Kelber foi ouvido sobre a morte da garota de programa e que, inicialmente, negou envolvimento.
"Afirmou que ela passou mal e veio a falecer ainda no interior do motel. Em desespero com a situação, já que sua esposa tinha acabado de dar à luz o segundo filho, ele decidiu desfazer do corpo", informou o texto.
O laudo cadavérico e de local de crime não indicaram a presença sinais de violência, não sendo descartada a possibilidade de morte natural, disse a polícia. A investigação aguarda a conclusão do laudo toxicológico.
Um mandado de prisão temporária chegou a ser solicitado ao Poder Judiciário, segundo a polícia, mas foi negado à época. Sobre isso, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou que o pedido policial foi feito em 12 de maio. O órgão recebeu a solicitação no dia seguinte e foi favorável à prisão do suspeito. Porém, o pedido não foi aceito pelo Poder Judiciário.
Após obter a informação sobre o pedido de prisão temporária, o g1 SC entrou em contato com o Poder Judiciário, que informou que "a decisão foi tomada considerando que não havia provas suficientes da materialidade do crime". O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) também destacou que o "laudo pericial do local concluiu pela inexistência de indícios típicos de morte violenta".
O MPSC disse ainda que o inquérito policial sobre a morte em abril não havia chegado ao Ministério Público até 18h20 desta quarta-feira.
Fonte: G1