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Campanha alerta para prevenção do câncer de cabeça e pescoço no país

A 6ª edição da iniciativa destaca a importância e a necessidade do autocuidado e do diagnóstico precoce para ampliar as chances de cura dos pacientes e redução de sequelas em consequência da enfermidade



A ACGB Brasil (Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço) promove a partir desta sexta-feira (1º) a 6ª edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, com o slogan “Autocuidado é SobreViver”. A iniciativa busca conscientizar a população sobre a importância do autocuidado e atenção aos primeiros sinais e sintomas da doença (diagnóstico precoce), ampliando as taxas de cura, com menos sequelas.


A campanha será realizada até 27 de julho, o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço. De acordo com a entidade, após cinco anos de luta, em abril de 2021 foi sancionada a lei 14.328, que instituiu o Julho Verde, ou seja, o mês nacional do Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço.


“Com a sanção da lei, entidades e organizações da sociedade civil poderão realizar inúmeras ações, com objetivo de informar e conscientizar toda a sociedade. A inclusão da campanha no calendário nacional também contribui para que os pacientes tenham acesso a um tratamento integral”, destaca a fundadora e presidente voluntária da ACBG Brasil, Melissa Ribeiro.


Dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer) indicam que os cânceres de cabeça e pescoço ocupam o terceiro lugar no ranking, com 7% dos 685 mil novos casos por ano. Anualmente, o instituto registra cerca de 40 mil novos casos de cânceres de cabeça e pescoço, denominação genérica de tumores que se originam em regiões das vias aéreo-digestivas, como boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe e seios paranasais.


Reabilitação exige atenção e dedicação


A professora e orientadora educacional Eni Griss Costa, 71 anos, encarou a doença com a altivez de quem se exercita semanalmente nas ruas de São José. Corredora de rua experiente, ela descobriu um nódulo no palato em outubro de 2017 com ajuda de um amigo dentista e precisou fazer uma cirurgia para remover a região afetada pelo tumor maligno. Também precisou ser submetida a sessões de quimioterapia e radioterapia, ficando por dois anos sem falar.


Em 2020, com ajuda de uma fonoaudióloga do Cepom, colocou uma prótese que a possibilitou voltar a se comunicar. “Sou uma remanescente feliz com o que sobrou”, diz ela, que adotou a frase como slogan de vida.


“Até 2022, 45 mil pessoas no país poderão perder parte de suas faces por causa do câncer na cavidade oral. Em média, 22.950 brasileiros correm o risco de perder a voz em consequência de um câncer de laringe. Precisamos agir”, alerta a presidente voluntária da ACBG Brasil, Melissa Ribeiro.


Como contribuir para a ação


A ACBG Brasil está realizando arrecadação de fundos em prol da causa da venda de camisetas e kits do Julho Verde 2022. Acesse o site da ACBG Brasil e confira todos os materiais da campanha deste ano.


Os principais fatores de risco para estes tumores são:


Consumo de tabaco (todos os tipos de cigarros, charutos e cachimbos) e álcool;

Má higiene bucal;


Infecção viral pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas (inclusive sexo oral);


Consumo de bebidas quentes, principalmente as tradicionalmente servidas em temperaturas muito altas, como o chimarrão/mate;


Exposição excessiva ao sol (câncer de lábios, couro cabeludo);


Exposição durante o trabalho à poeira de madeira, poeira de têxteis, pó de níquel, colas, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno, produtos radioativos;


Infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV).


Fonte: ND+

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