Gabriel Jr
Celulares de dentista que teve dedo cortado e de acusado de latrocínio têm quebra de sigilo

A 2ª Vara de Fraiburgo, no Oeste catarinense, autorizou a quebra de sigilo de dados telefônicos dos celulares do dentista Rafael Caranhato, assassinado na sexta-feira (16) na cidade, e do acusado pela morte.
Com isso, a perícia poderá extrair informações dos aparelhos e recuperar arquivos já excluídos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (22).
O corpo de Rafael, que tinha 24 anos, foi achado por colegas de trabalho na casa em que morava, na manhã de sexta. A denúncia foi recebida pela Justiça e o preso virou réu.
O acusado, de 22 anos, está preso preventivamente. A Justiça aceitou a denúncia pelos crimes de latrocínio e transporte de droga para consumo pessoal.
Para o Poder Judiciário, o crime foi cometido com requintes de crueldade e, em tese, mediante premeditação.
Denúncia
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o assassinato ocorreu na madrugada de sexta no apartamento de Rafael. Ele jantou com o réu, foi deitar e, em seguida, foi atacado com um canivete. A vítima foi atingida no pescoço, rosto, tórax, abdômen, braço e mão.
Após atacar o dentista, o assassino roubou cartões bancários, dinheiro e outros bens dele. Depois, cortou o dedo da vítima.
Por volta das 7h30min, o réu saiu do apartamento de Rafael com o carro dele e os pertences roubados. Em seguida, passou em uma agência bancária e sacou mais R$ 2 mil usando as impressões digitais do dedo cortado.
Em nota, o Banco do Brasil afirmou que os terminais de atendimento "estão equipados com o que há de mais moderno em termos de biometria. Não é possível realizar transações com as características apresentadas"
Fonte: G1 SC