top of page
Sem título-2-08.png

Com vice-liderança, Estados do Sul concentram 25,7% dos profissionais em home office no Brasil

Dados foram levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, e mostraram que os Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul ficam apenas atrás da região Sudeste do país


Dados coletados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base na PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que a região Sul do Brasil concentra 25,7% dos teletrabalhadores de todo o Brasil, ou seja, dos profissionais home office.


A região fica atrás apenas da Sudeste, que lidera o ranking com 27,7% dos trabalhadores em home office do Brasil. Em terceiro lugar vem o Centro-Oeste, com 23,5%. Na sequência a região Nordeste, com 18,5% e por fim a região Norte do país, com 17,4% dos profissionais.


Os dados são sustentados pelo caráter técnico das profissões, visto que nas regiões Sudeste e Sul há maior percentual populacional com ensino superior completo. Ainda, as regiões estão acima da média nacional, delimitada em 24% pelo estudo.


Com isso é possível verificar o impacto da educação formal na elevação do potencial do home office brasileiro. O estudo indicou que, para que o país como um todo passe da barreira de 24%, é necessário que maiores investimentos sejam feitos na escolarização do Norte e Nordeste.


O mercado de trabalho


Segundo a análise, 20,4 milhões de trabalhadores encontram-se em posições que poderiam ser realizadas de forma remota.


O número diz respeito a 24,1% de toda população brasileira efetivamente ocupada. O contingente é responsável ainda por 40% do rendimento total do país, mostrando assim que essas profissões possuem ganho efetivo maior do que a média.


Os números fazem sentido ao pensar que ocupações operacionais não podem ser executadas remotamente.


Características do profissional em home office


Segundo a análise, 58,3% das ocupações são preenchidas por mulheres. 60% deles são de cor branca. 62,6% tem ensino superior completo ou pós-graduação e 71,8% possuem idade entre 20 a 49 anos. Pelos números, fica claro que poucos profissionais são elegíveis a modalidade de trabalho.


A falta de ensino médio completo, realidade de mais de 50% da população brasileira, dificulta o processo de trabalho à distância, visto que 95% das vagas de trabalho remoto foram preenchidas por profissionais com pelo menos ensino médio completo.


Ao que diz respeito ainda à raça e à cor dos profissionais, percebe-se ampla heterogeneidade. Isso porque, enquanto os indivíduos pretos ou pardos são maioria no teletrabalho potencial nas macrorregiões ao Norte do país, a situação muda no Sul e Sudeste do Brasil.


Nesse recorte, os dois extremos são justamente as regiões Norte e Sul – na primeira, mais de 70% das pessoas em teletrabalho potencial se identificam como negras, enquanto, na segunda, mais de 80% dessa população se autodeclara branca.


Sobre a escolaridade, o quadro é o mesmo, com maioria das pessoas com nível superior completo em todas as macrorregiões. Com os dados, é possível perceber como o teletrabalho é afetado pelas desigualdades sociais presentes em todo o Brasil.


Zona urbana ou rural


O potencial de home office na zona urbana é quatro vezes maior do que na zona rural. Nas cidades, 26,6% dos postos têm potencial de teletrabalho, ao passo que apenas 6,4% dos empregos do campo possuem o benefício. Vale ressaltar que o Nordeste apresenta o maior potencial absoluto para o teletrabalho rural, com 243 mil postos.


Fonte: ND+

bottom of page