Detonação de rochas acontece sem isolamento e carros são atingidos em SC; polícia identifica erro
Erro causou "chuva de pedras" em detonação na BR-101, em Tijucas. Trânsito estava liberado.

Uma detonação de rochas em uma pedreira, às margens da BR-101 em Tijucas, na Grande Florianópolis, está sendo investigada pela Polícia Civil. Isso porque, na tarde de terça-feira (17), o procedimento cobriu de pedras a rodovia, que estava com trânsito liberado, e atingiu ao menos cinco carros e telhados de casas.
Segundo o delegado Alison Rocha, que está à frente do caso, um ciclista que passava em uma via local por baixo da BR-101 teve ferimentos leves ao ser atingido pelas pedras. A explosão chegou a lançar rochas a uma distância de 200 metros.
Rocha afirma que a detonação tinha autorização para ocorrer, mas acabou colocando pessoas em risco devido a um erro em sua execução. A descoberta partiu de investigação da Polícia Civil no município.
"A detonação estava com toda a programação, todo o cronograma validado pelos órgãos responsáveis. Por meio de diligências e investigações, nós conseguimos identificar que o erro foi pontual, de um responsável com certificação para tal", afirmou o delegado.
O funcionário à frente da detonação tinha, de acordo com o investigador, a licença para manusear explosivos. Por isso, o inquérito prevê ser ele quem deverá ter responsabilidade penal pela detonação, e não a empresa para a qual trabalhava ou o empreendimento contratante do serviço.
A Polícia Civil também acredita que tenha ocorrido imperícia no caso. O funcionário será ouvido ainda nesta quinta (19).
De acordo com o delegado, o empreendimento responsável pela contratação do serviço com dinamites se dispôs a reparar as residências danificadas.
Em um primeiro momento, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho, comunicaram que não havia autorização para a detonação no km 170 da rodovia. A documentação do empreendimento contratante mostra, no entanto, que ambos foram informados sobre o serviço.
Fonte: G1